O americano Timothy Kurek, um cristão devoto, passou um ano fingindo ser gay. Agora está promovendo um livro que descreve a esta experiência.
Nascido em uma família de cristãos conservadores, Kurek cresceu odiando a homossexualidade como um dos piores vícios de um ser humano. Vivia em uma igreja conservadora, e estudava no Colégio Cristão da Universidad Liberty (Virginia).
Mas um dia, tudo mudou. Uma amiga de um clube de karaokê confessou que sua família a rejeitou porque havia revelado que ela era lésbica. “Eu senti que Deus me tinha dado um chute no estômago. Ela estava chorando nos meus braços e eu, em vez de estar lá para ela, estava pensando nos argumentos para convertê-la”, disse ele em entrevista à ABC, que promove seu livro sobre sua vida gay, ‘a Cruz in the Closet “(A Cruz no Armário).
Ele disse que foi naquele momento que chegou a sentir o quão difícil seria ser gay e também ser abandonado por todos. A partir daí surgiu à ideia. Depois de quase seis meses de argumentos, finalmente, começou a sua experiência. Relatou que disse que era gay para sua família, seus amigos e a sua igreja. No entanto, houve três pessoas que ele contou a verdade: sua tia que devia “vigiar” se sua mãe poderia adaptar a noticia, seu melhor amigo e um homossexual chamado Shawn , que ele conheceu no clube de karaokê e que lhe serviu como um guia para o mundo gay.
"Queria vomitar. Queria um cigarro. Queria quebrar a cabeça”. Deste modo Kurek descreveu a primeira vez que um homem veio corteja-lo em um clube. Foi então que preferiu anunciar a todo o mundo que Shawn era seu namorado a quem devia fidelidade e isso lhe serviu como desculpa para rejeitar todos os galanteios que recebia. Então Kurek, começou a trabalhar em uma cafeteria para gays e a frequentar um bar gay e se matriculou em uma liga gay de ‘softball’, que jogava a nível local.
“A coisa que mais me chocou foi o isolamento. Antes de ‘torna-me’ em um gay, tinha uma vida social muito intensa. Depois, 95% de meus amigos se afastaram”, disse Kurek. Outra frustração que teve que experimentar foi começar a ouvir insultos grosseiros dirigidos contra sua orientação sexual. Ele disse que a primeira vez que escutou alguém lhe chamando de ‘bicha’ seus companheiros tiveram que intervir para evitar que ele batesse no ofensor e após isso começou a chorar em estado de choque.
Um dia, ele resolveu ler o diário pessoal de sua mãe, para averiguar o que realmente sua mãe pensava sobre sua homossexualidade. “Eu preferia ouvir dos médicos que eu tenho um câncer terminal do que ter um filho gay”, ele leu.
Após um ano de “vida gay”, ele disse a verdade. Em sua entrevista à ABC o rapaz confessou que nunca conseguiu terminar seus estudos no Colégio Cristão, mas sempre quis escrever um livro. Ele explicou que durante meses registrava todos os acontecimentos de sua vida cotidiana em um diário e finalmente a obra começou a tomar a forma de um livro. Disse também, não lamentar de ter pedido seus amigos cristãos, porque pode fazer muito mais entre a comunidade gay. No entanto, Kurek não pode comentar se eles continuaram ao seu lado depois que descobrirem que durante um ano todo ele estava os enganando.