Entra na nossa listinha de fim de ano não apenas porque saiu
do armário definitivamente. Não, seria simples demais. Zachary Quinto
representa a coragem em enfrentar um mundo preconceituoso e falsamente
moralista tendo uma profissão mais preconceituosa e falsamente moralista ainda.
Após se declarar homossexual, o ator temeu perder papéis por conta de sua
condição, mas seu trabalho como o assassino Sylar, de "Heroes", e
ninguém menos que o Dr. Spock, da nova versão de “Star Trek”, mostra que o
talento – e não a condição sexual – é que deve garantir ao ator vida longa e
próspera.
Luisa
Marilac
Uma piscina, água geladíssima e uns bons drink num verão
qualquer na Europa. Luisa Marilac só queria fazer algo de diferente, contrariando
os boatos de que ela estava na pior. Bom, se aquilo era estar na pior (pohan!),
o que quer dizer estar bem? Eu não sei, mas acho que Luisa descobriu que “estar
bem” é ser reconhecida como uma das mais populares transexuais que o Brasil já
conheceu. Com o bom humor na ponta da língua, Marilac caiu na boca do povo, deu
entrevistas, tirou fotos e, mesmo que indiretamente, deu um tapa na cara da
sociedade que ria dela e dos transexuais, enquanto ela mergulhava e fazia
aquele vídeo.
Esse ano, Jane Lynch apresentou o Emmy Awards, a premiação
dos melhores da TV americana, ou seja, uma posição de muito prestígio para ela,
que já era uma boa comediante anteriormente, mas ganhou muito mais destaque
como a vilã Sue Sylvester, da série “Glee”, Lynch esbanja talento e cada dia
mais sua credibilidade cresce junto ao público americano (e mundial, na
verdade). Tanto que o fato de ela ser lésbica não é uma das coisas que
lembramos de cara ao vê-la e, assim, ela colabora pra construir mais e mais uma
imagem positiva dos LGBT.
O criador de “Glee” já tinha ousado antes em séries como
“Nip/Tuck”. Mas ao apostar em um público jovem para falar de temas que corroem
a sociedade atual (bullying, homossexualidade, aceitação, padrões de beleza,
etc.), Murphy teve que enfrentar vários leões para fazer com que o mundo não
desabasse. Bem, não desabou. Em “Glee”, gays ganham mais espaço, mas não para
competir com o resto das tramas e sim, para que eles estejam em pé de
igualdade. Com isso, Murphy ganha notoriedade e prestígio, o que contribuiu
para que ele levasse seu talento a desenvolver outro achado das séries atuais,
o assustador “American Horror Story”.
O Kurt Hummel de “Glee” (sim, de novo!) já era uma das
pessoas mais influentes segundo a revista Time e outras publicações mais
especializadas. Não à toa. Colfer dá sua cara à tapa todos os dias para
construir um personagem que cada vez mais atrai a identificação do público, gay
ou não. Agora, Kurt não sofre mais tanto bullying, estuda ao lado do namorado,
já teve a sua primeira vez e enfrenta a rivalidade de Sebastian, mostrando que
um relacionamento gay é igual a qualquer outro.
Jean Willys
De ex-BBB a um dos deputados mais atuantes no Congresso
Nacional, Jean Willys conseguiu certo respeito entre os parlamentares ao se
desvincular da imagem caricata que gays (e ex-BBB’s) têm e encarar o desafio de
lutar por um Brasil mais justo. Um dos principais defensores da causa LGBT,
Willys também vê com seriedade projetos ligados ao desenvolvimento do País, desmentindo
quem diz que ele só vê o lado dos gays – afinal, como todos os deputados
deveriam fazer, ele luta pelo bem de todos.
Com a vaga de Oprah Winfrey em aberto, já que o programa
dela saiu do ar para que ela abrisse o próprio canal (sem trocadilhos), o mundo
abraçou Ellen De Generes como a nova show woman da televisão americana. Ellen
já era a queridinha da comunidade gay americana, mas em 2011 pode ter assumido
de vez um posto maior. Esse ano, ela defendeu políticas americanas como a
proibição do “Don’t Ask, Don’t Tell”, que impedia que soldados se assumissem
nos quartéis, ou pela luta do casamento civil para homossexuais. Não que Ellen
nunca tenha lutado, mas sua posição permite que ela vá mais longe.
Um dos principais nomes da moda brasileira, Carlos Tufvesson
já era destaque por causa das peças que criou e de seu ateliê, em Ipanema, um
dos ditadores de tendência da moda carioca. Não por coincidência, foi indicado
pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para ser o coordenador da
Secretaria Especial da Diversidade Sexual, pioneira no Brasil e criadora da
campanha Rio Sem Homofobia, que está espalhada pela cidade inteira. Tufvesson
ainda foi o responsável pelo casamento do ano no Rio de Janeiro, cheio de
pompa, gente famosa, brilho, luxo, capas de revista, mais celebridades. Tudo
isso para festejar a união com o seu companheiro, o arquiteto André Piva.
Supermodelos brasileiras que fazem sucesso no exterior não
são novidade há muito tempo. Nem modelos masculinos escapam à regra de que o
Brasil exporta talentos das passarelas. Daí, não é surpresa que Lea T. seja
brasileira. Uma das mais requisitadas do mundo da moda atualmente, ela
conquista cada vez mais respeito e deixa de lado os fantasmas de que transexuais
vivem à margem da sociedade e não podem alcançar lugares mais altos. E não se
engane. A vida glamourosa que ela leva não consegue se colocar na frente da humildade
e simplicidade que ela demonstra em cada entrevista.
O mundo perdeu em 2011 uma das figuras que deixou o século
XXI com a cara que tem. Steve Jobs partiu e, em seu lugar, o segundo da Apple
assumiu, numa transição praticamente natural. Tim Cook carrega o espírito
corporativo, colaborativo e inovador que a empresa tem. Ainda não se sabe o
futuro da Apple, mas o de Cook já é certo. Seu nome já está atrelado a uma das
marcas mais famosas do mundo. E, como acontece em casos de talentos naturais, o
fato de ele ser homossexual quase não é lembrado. Até porque não precisa. Mas o
fato de Cook estar onde está inspira jovens oprimidos pelo bullying, pela
família ou pela sua própria consciência no mundo todo. Jovens que acham que o
fato de serem diferentes não os levará a lugar nenhum. Tim Cook e outros desta
lista estão aí pra provar o contrário.
Bônus 1: Com a frase que ficou famosa no mundo todo, "Eu sou gay e está bem assim", Klaus Wowereit, prefeito de Berlim (BERLIM, a cidade sede do nazismo há uns setenta anos atrás!!), saiu do armário em 2001, mas suas ações ainda ecoam, uma vez que ele foi reeleito em 2011. Só pra constar, os prefeitos de Luxemburgo e Paris, Xavier Bettel e Bertrand Bellanoë, respectivamente, também são gays assumidos.
Bônus 2: Leandrim e Vinny, os lindos, loiros e gostosos autores desse blog porque, né, o blog é nosso e a gente merece! =D
Menções honrosas a: Ricky Martin, Neil Patrick Harris, Daniel
Carvalho (Katylene), Randy (o militar do projeto AreYouSurprised), Ariadna, Gilberto Braga, Aguinaldo Silva, Marco Nanini.
Loiras?kkkkk.#devassas,né!Adoro,hein!
ResponderExcluirFeliz Natal atrasado aos 2!
Beijos.
O bônus 2 foi mais que merecido!
ResponderExcluirConheci o blog esse ano, quase no finalzinho, e é um dos melhores blogs sobre as guêi na minha opinião e é um dos poucos que visito sempre!
Parabéns mesmo meninos e que todos nós tenhamos um 2012 ótimo!
Ah, seus lindos!! Nós do "Me Entregay" não vivemos sem vocês! Que todos nós tenhamos um 2012 de saúde, paz e alegria! E contamos com vocês sempre por aqui! Bjos!!!
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