quarta-feira, 11 de maio de 2011

Primeiros casais gays de papel passado no Brasil!


Foi assinado nesta segunda-feira (9), em Curitiba, um dos primeiros contratos de união estável homoafetiva do País como entidade familiar. O professor e presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, 43 anos, e o tradutor britânico, David Harrad, que já viviam juntos desde 23 de março de 1990, assinaram o contrato de união estável no 6.º Tabelionato de Curitiba.
O primeiro contrato do gênero celebrado no País teria sido firmado em Goiânia, às 11h30 desta segunda, entre o jornalista Liorcino Mendes Pereira Filho, 46 anos, e o estudante Odílio Cordeiro Torres Neto, 23 anos.
Mesmo assim, Tony e David conseguiram uma deferência especial: o ex-presidente Luís Ignácio Lula da Silva ligou no final da tarde desta segunda e parebenizou o casal. "Foi o parabéns mais emocionante que recebi em toda a minha vida. Este é o cara", comemorou Tony Reis.
Em Curitiba, o casal homossexual chegou vestido de terno preto com um cravo vermelho na lapela, abrigado por um guarda-chuva colorido. Na chegada eles mostraram a bandeira colorida da comunidade LGBT e a bandeira do Brasil, e posaram para fotos. A transexual Carla Amaral fez o papel de dama de honra do casal até chegar ao tabelionato. O casal estava feliz, porém ansioso e nervoso.
“O que venceu foi o princípio da igualdade. Estamos muito felizes. Estamos nos sentindo mais cidadãos. Vale à pena lutar. Estamos realizando um sonho”, afirmou Reis.
Ele adiantou ainda que o próximo passo, após esta união, é adotar uma criança. “Desde 2005 estamos num processo de adoção. Logo após a união estável vamos tirar uma cópia e protocolar na Vara da Infância e do Adolescente. Agora somos uma família”, afirmou Reis.
Foi assinado também nesta segunda-feira (9), o primeiro contrato de união estável entre lésbicas no país, como entidade familiar. A mestra em Educação Daiana Brunetto e a corretora de seguros, Leo Ribas, assinaram o contrato no cartório Cajuru, em Curitiba. Elas já estavam juntas há cinco anos.

“É o reconhecimento do sujeito e dos direitos porque perante a lei não éramos reconhecidas”, disse Leo. Para Daiana, “este momento é um marco histórico na vida da população da comunidade LGBT porque é uma humanização; quando não se tem os direitos reconhecidos é como se você não fosse humano”. O casal estava vestido de terno preto para a cerimônia e assinou o contrato sobre a bandeira colorida da comunidade LGBT.

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