terça-feira, 26 de julho de 2011

O skinhead que luta pela causa gay

Oi gente.

Então, tem certas coisas que acontecem nesse mundo que a gente nem acredita né? Sobretudo quando elas são para o bem. Pois estava eu saltitando de site em site na net quando parei na Folha de S. Paulo e vi a seguinte manchete:

Skinhead gay luta contra a homofobia pelas ruas de São Paulo”

Prestou a atenção nessa frase? Pois é, parece que está tudo errado né não? Mas é isso mesmo! A Folha entrevistou um jovem de 29 anos chamado Danilo, que é skinhead e é gay. O rapaz se interessou pela cultura skinhead aos 16 anos, mas sempre achou que nunca seria aceito num grupo como este justamente por conta de sua orientação sexual. "Eu pensava: não dá para eu falar que sou skinhead porque os caras não gostam de gay.", disse Danilo à Folha.

E se hoje nós ouvimos tanto falar de ataques a homossexuais na Avenida Paulista, coração de São Paulo, justamente por parte dos skinheads, não é estranho ver um cara desses misturando as coisas? Aí é que vem o mais surpreendente porque, segundo o Danilo, a cultura skinhead não tem nada disso que a gente vê nos noticiários: vai além de só raspar a cabeça e ter atitudes fascistas.

"Skinhead é um cara que gosta de ouvir ska, tomar cerveja e jogar futebol com os amigos. Os grupos fascistas são minoria", contou. Simples assim. Tá bom pra você?

Hoje, Danilo e um grupo de amigos coordena a Ação Antifascista, um grupo que luta não só contra o preconceito contra homossexuais, mas contra os próprios skinheads do bem. “O grupo também tem duas lésbicas skinheads, seis punks bissexuais e dois que se definem como assexuados. O restante é heterossexual, mas defende a luta contra a homofobia. Somos contra qualquer tipo de preconceito e lutamos pelas liberdades."

Ao ler isso tudo na Folha (como você pode fazer também e ler a matéria na íntegra, clicando AQUI), eu só posso concluir uma coisa: é possível conviver com as diferenças. A imagem que temos das coisas nem sempre são as verdadeiras (e você, bee esperta que está pipocando pra ir no show da Britney sabe bem disso!) Claro que ainda falta muito pros gays não terem medo quando avistarem uma gangue skinhead em São Paulo ou em qualquer outro lugar. Mas se o grupo do Danilo der certo, assim como outras iniciativas que ajudam a conviver com as diferenças, o mundo ainda pode ser um lugar melhor.

Utópico, sim. Mas não custa ter otimismo. ;)

Bjs!

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